quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sabores ...

O que dizer sobre o que a vida nos reserva?
O que dizer sobre o que é a vida?
Não há palavras... talvez haja entendimentos, mas as palavras se tornam nulas perto da grandiozidade desse ciclo, imenso, e diria, devastador, que é a vida.
Sabemos cruamente, desde os tempos da escola, que: Nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos. Como plantas, como vegetais. Sem emoção?
O que não nos ensinam - talvez, por precaução - são que dentre tantas mutações existem os sentimentos. O recheio da vida. O tempero. Muitas vezes doce, outrora salgado... apimentado e por que não insosso?
E, pior ainda: Não somos nós quem escolhemos os sabores.
Planos? São, ilusóriamente, feitos por nós mas construídos pela vida. E, acredite dentre 100% do que planejamos, 60% (nas melhores das hipóteses) são concretizados. Mas, deixando o pessimismo, vulgo realidade, de lado, posso dizer que os momentos doces da vida, por sua vez, são maiores e mais marcantes que os salgados; os apimentados, diria que são a parte que mais gostamos e que unidos com o doce se tornam únicos e, realmente, inesquecíveis. Eternos!
Pobre sal. Mas você serve pra nos amadurecer. Nos enrijecer... assim, criamos mais resistência para os empurrões que a vida insiste em nos dar.
A vida sem os seus temperos se tornaria aquela comida insossa, aonde você come, por ter a obrigação de comer, sem prazer. Trazendo isto pra vida, diria que seria apenas a existência. Um prisioneiro da vida. Um exilado dos sabores que ela nos proporciona. Quem aguenta comer uma comida insossa sabendo, que ali, ao seu lado, existe um pote imenso de doce, outro pote considerável de sal e uma bela porção de pimenta, de arremate? Acredito que ninguém. Por sua vez, momentos insossos são sempre finitos. Ainda bem!

Saiba usar o doce, o sal e a pimenta.
E, o mais importante: Não dê a receita da sua vida a ninguém!
Com tantos sabores podem atrair olhos gordos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Relicário

Relicário
Por onde começar se tudo está bagunçado? Por onde iniciar um pensamento se este se encontra perdido, se encontra no meio de um oceano, no meio de uma tempestade, de um furacão. Tudo parece meio turvo, escuro, a tal "Luz no fim do túnel" ainda não deu as caras. Por onde anda? O quê? A saída desses devaneios; a resposta de uma vida inteira... enfim, a resposta, que é buscada há muito tempo; ela anda sumida, escondida, quem sabe? Como é frustante admitir que a felicidade que e pertence está/esteve/estará nas mãos de outra pessoa, que por alguns momentos fez dela uma bolinha de papel, e soube amassar da pior/melhor maneira. Com algum proposito? Talvez. Não sei. Essa, quem sabe seria a resposta? Ou não...
A maior questão, o maior questionamento da humanidade é "E a felicidade?", pois é... mas não é só isso, isso é pouco... muito pouco, felicidade é tão relativo. Hoje é um dia bom, amanhã por qualquer motivo, pode não ser mais. Saber contornar isto é um grande desafio. Mas a necessecidade de sentimentos que tornam momentos pequenos e banais em coisas tão espetaculares, é tão gigantesca que buscamos isto, o nosso grande erro é, talvez, buscar isto sempre em pessoas erradas, ou que dizem, que mostram, ser erradas... não sei também se existe a pessoa certa. Alguém sabe o que seria a pessoa certa? Ou a pessoa errada?
São só dúvidas... que hoje, me aflingem, amanhã pode ser que eu tenha algumas, porém poucas, respostas. Nunca estaremos satisfeitos.
O que seria de nós sem o amor? Sem a busca por ele?
O amor que nos beija e nos bate na cara. Amor que nos ama e nos odeia, nos ignora, nos congela. Eu odeio o amor.