quinta-feira, 21 de maio de 2009

sentimental e calculista... os extremos dos extremos; flexivelmente igual. A metade da laranja junto com a outra parte do limão! O azul do céu e o fogo ardente do inferno. Decifravelmente indecifrável... Insana; a normalidade misturada com a loucura. O amor se fundindo ao ódio. Tendo foco e não sabendo onde focar; vibrante, cantante, errante, quente, fria, amante... A lua e o sol!

Camila V. de Campos

segunda-feira, 4 de maio de 2009


Não mais

Amei-te, meu querido
Amei-te loucamente
Corpo e alma envolvidos
Até deixar de ser gente.

Então... Porque me ferisse?
Acho que não valho nada?

Fui querida, fui escrava
Fui boba, fui Amélia
E ainda assim...
Passou longe a quimera!

Quero que saiba
Que de nada, me arrependo.
Mas que no teu coração caiba
Uma partícula do meu lamento.

Amei-te tanto, amante perdido
Que por tanto, tenha me afligido...

Saibas que não olho mais pra trás
Que não tenho saudade
Dos tempos de outrora

Saiba que como uma benção
Eu não te quero mais
Nem jamais!
Nem agora...

Você já me perturbou demais
Guarde seu veneno
Sua maldade de capataz.

Sua loucura me envolveu
Me empurrou
Me dissolveu,
Nesse amor doentio...
Atrás desse falso cordeiro catio.

Amei-te demais!
Menino doido, vadio
Mas “graças a Deus”
Já não te amo mais!

O tempo apagou o doente desejo
De correr atrás da lembrança...
Da saudade de um beijo.

Finalmente tenho o antídoto
Dessa louca vontade
Para essa sua crueldade

O que faz,
Como vive?
Se tornou irrelevante.

Por isso não me procure mais
Não me perturbe mais
Vá suma, desapareça
E de mim, se esqueça!

Seja feliz, menino maluco
Seja feliz, bem distante!
Que encontre outra Amélia
Ou alguma tratante...
Quem sabe assim corrige
Esses passos errantes.

(Carolina Dantas)